domingo, 17 de abril de 2011

Um dia chuvoso

  Deitada em minha cama em um domingo frio, ainda não tinha anoitecido, quando ouço um leve barulho de chuva que aumenta cada vez mais até minha curta caminhada a janela. Vou para a janela observar a chuva, mas parece que não sou a única, muitos moradores também vão observar e fechar as janelas de suas casas.
  Observo também gatos na janela que entram em casa, crianças no pátio que  saem correndo e gritando para não tomar chuva, folhas verdes das arvores indo embora   com o forte vento, trovões, relâmpagos, o tecido que cobria um prédio em construção balançar com o vento, a água que caia na piscina fazendo pequenas bolhas e o céu que estava carregados de nuvens cinzas.
  No meu apartamento a lâmpada não para de piscar, ouço buzinadas,  o meu gato dorme em um sono profundo, sem ligar para o temporal que caia lá fora, sinto junto com ele sua forte respiração, que só não é mais alta que o barulho do motor de meu computador, minha mãe vai para a sala em passos  pesados e largos comentar com meu padrasto sobre o temporal que acaba de começar.
  Pouco tempo depois quando a chuva acabou, olho pela janela e o céu estava azul, vejo as nuvens mais escuras indo embora, fazer tempestade em outro lugar.

domingo, 10 de abril de 2011

Escolhas

  A noite antes de dormir, eu estava deitada em minha cama com as mãos em cima de minha barriga. Quando me dei conta, entrei em uma discussão solitária nos meus pensamentos sobre uma frase que havia ouvido não me lembro onde:
  “suas escolhas têm sempre 50% das chances de dar certo”
  Mas se tem metades das chances de dar certo, então porque tantas vezes suas escolhas são as erradas (ou pelo menos você acha que elas são erradas). Afinal, quem nunca fez uma escolha tão errada que teve a vontade de voltar no tempo para fazer a  outra escolha possível. Eu sinto muito essa vontade.
  Se tivéssemos três chances de escolhas, por exemplo,  teríamos 33,3% das suas escolhas darem certo, e quanto mais chances de escolhas mais chances de dar tudo  errado.
  Não acredito que nascemos com o destino traçado, são nossas escolhas que mudam nossos destinos, são nossas escolhas que nós fazem sermos nós.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O que amo e odeio

  Coisas que amo:
 1- Chegar em casa depois de um dia quente e cansativo e tomar um banho gelado.
 2- Comer uma boa torta de limão feita pela sua querida avó.
 3- Ir a praia, entrar no mar e sentir as ondas baterem no corpo.
 4- Colocar uma roupa que te faz sentir bem, e não ligar para o que vão pensar de você.
 5-  Fazer uma graça para um bebê e ouvir a sua risada gostosa.
  Coisas que odeio:
 1- Acordar feliz por ser feriado, abrir a janela e ver um dia cheio de nuvens, nublado.
 2- Ser acordada cedo, e não conseguir abrir os olhos, mesmo sabendo que tem uma coisa importante para fazer.
 3- Época de eleição quando a televisão fica cheia de progamas eleitorais, enterrompendo a progamação normal.
 4- Pessoas que pegam animais os abandonam ou os maltratam.
 5- Motoqueiros que ficam andando no meio dos carros, arriscando sua própia vida e a de outros.

quinta-feira, 31 de março de 2011

"ola"

  Semana passada fui ao meu primeiro show no Morumbi fiquei na arquibancada, junto com a maioria das pessoas. Não pude ver muito bem os cantores, mas mesmo assim adorei.
  A coisa que mais gostei de ver, depois dos cantores, foi a "ola" que fizemos no intervalo de um dos cantores."Ola" é quando todos da fileira do começo levantam as mãos gritando ooo e assim se segue até o final onde eles terminam a palavra laaa.
  Eu fiquei realmente emocionada em fazer a "ola", sempre achei que nunca conseguiria fazer por ser tão difícil de organizar e precisar de tantas pessoas para poder dar certo. E achei que só era possivel ser feito a "ola" em jogos de futebol, mas descobri que com a energia dos shows se pode tudo.
  Mas ver todos colaborando para fazer uma única coisa foi muito emocionante. E poder ajudar somente levantando levantando os braços, me fez sentir especial no meio de tantas pessoas.
  A impressão que tive ao ver a "ola" passando por todas as pessoas, foi como uma onda que se espalha até quebrar na areia.

quinta-feira, 24 de março de 2011

As crianças de hoje

  Em um sábado fresco de carnaval, minha mãe convidou uns cinco amigos para jantarem em casa.
  Um dos amigos da minha mãe trouxe uma filha pequena de seis anos, que trazia uma boneca em seus braços. Seus longos cabelos cabelos cobriam o rosto da pequena boneca.
  A menina, que já tinha vindo a minha casa varias vezes, foi até meu quarto e pôs a boneca para dormir sobre a minha cama. Então começamos a conversar:primeiro falamos sobre seu cachorro, mas ela começou a contar a história de seu ex-namorado:
 -Ele era tão lindo, tinha cabelos e olhos da cor cascudo (castanho) e a pele morena.
  Acho esse assunto muito interessante para uma menina de seis anos, então continuei ouvindo com muita  atenção:
 -Ele tinha três namoradas, mas ele cortou o cabelo e eu achei feio, então eu terminei com ele, agora ele é meu puxa-saco, fica puxando meu cabelo e implicando comigo.
  Fico pensando que ela estava uma mini adulta até ouvir ela acabar a frase:
 -Agora vamos brincar de boneca, tá