Deitada em minha cama em um domingo frio, ainda não tinha anoitecido, quando ouço um leve barulho de chuva que aumenta cada vez mais até minha curta caminhada a janela. Vou para a janela observar a chuva, mas parece que não sou a única, muitos moradores também vão observar e fechar as janelas de suas casas.
Observo também gatos na janela que entram em casa, crianças no pátio que saem correndo e gritando para não tomar chuva, folhas verdes das arvores indo embora com o forte vento, trovões, relâmpagos, o tecido que cobria um prédio em construção balançar com o vento, a água que caia na piscina fazendo pequenas bolhas e o céu que estava carregados de nuvens cinzas.
No meu apartamento a lâmpada não para de piscar, ouço buzinadas, o meu gato dorme em um sono profundo, sem ligar para o temporal que caia lá fora, sinto junto com ele sua forte respiração, que só não é mais alta que o barulho do motor de meu computador, minha mãe vai para a sala em passos pesados e largos comentar com meu padrasto sobre o temporal que acaba de começar.
Pouco tempo depois quando a chuva acabou, olho pela janela e o céu estava azul, vejo as nuvens mais escuras indo embora, fazer tempestade em outro lugar.